Três jovens bolivianos participam de produção cinematográfica catarinense

As gravações do filme “Amadeu e a Madeira” começam em março na capital Florianópolis. Três alunos da Escola de Cinema e Artes Audiovisuais de La Paz (Bolívia) serão estagiários no projeto da Companhia Boanova de Cinema®.

Para Adrián Fernández, que irá participar como assistente de fotografia, a proposta de fazer parte de uma produção internacional foi a mudança e a esperança que precisava para não perder o interesse pelo cinema. “Sem dúvida foi a forma da vida me dizer que eu estou no caminho certo e devo seguir meus sonhos”, disse Fernández, animado para adquirir novos conhecimentos durante o intercâmbio.

 

  

   Adrián Fernandez durante uma gravação.

 

“Uma obra brasileira com influência da arte boliviana resultará em um filme com latente identidade latino-americana”, afirma Chico Caprario, cineasta com aproximadamente 30 anos de experiência na área, que será o diretor de arte do longa-metragem Amadeu e a Madeira. María Adela Vildoso será estagiária na função de  assistente de arte. A proposta foi uma surpresa; Ela se sente animada em participar da criação de diferentes cenários utilizando técnicas de pintura, diferentes texturas e todos os elementos necessários para criar harmonia cenográfica.

 

da direita para esquerda a quarta mulher é Valeria Villegas, durante atividade de ECA.

 

Esta colaboração entre a Companhia Boanova Cinema® e a Escola de Artes Audiovisuais de La Paz (ECA) faz parte de um Programa de Intercâmbio Cinematográfico Internacional criado pela produtora catarinense e teve origem no Festival Internacional de Cinema de Santa Cruz (FENAVID). Para Ivan Molina, cineasta e fundador da ECA, esta aliança é uma oportunidade para que jovens cineastas bolivianos coloquem em prática seus conhecimentos e ganhem maior experiência. É o caso de Valeria Villegas, comunicadora social que decidiu aprofundar seus estudos audiovisuais na ECA. Trabalhou em diversos curtas-metragens e sua experiência lhe permite fazer parte desse intercâmbio na função de assistente de produção.

 

O diretor e roteirista Luiz Fernando F. Machado comenta que este programa busca fortalecer as relações latino-americanas voltadas ao audiovisual. “Esse vínculo é uma extensão da nossa estética comunitária, que valoriza os processos de educação popular na construção de obras cinematográficas”, diz Machado, que trabalha com cinema de práxis popular. Este projeto cinematográfico possui fomento do Governo do Estado de Santa Catarina, Fundação Catarinense de Cultura e Prêmio Catarinense de Cinema.

 

“A política cultural é uma política de Estado; Enquanto não for compreendida a importância da cultura e do cinema como álbum fotográfico de um país, não conseguiremos o apoio do Estado", afirma Ivan Molina, que espera a criação de maiores fundos na Bolívia para incentivar a produção audiovisual e explorar ainda mais os talentos e histórias do país.

  

 


 

  

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